terça-feira, 14 de abril de 2009

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Televisão comercial, televisão educativa

A relação entre televisão educativa, tal qual a concepção de Pfromm Neto, e a televisão comercial sempre foi muito intensa e cheia de conflitos nas suas definições, conforme interesses e agentes envolvidos. Mesmo antes de emissoras públicas de caráter educativo surgirem no país, as televisões comerciais pelo mundo, desde já os anos 1940, exibiam programas de cunho didático-pedagógico. No Brasil, a partir do surgimento da televisão já na década de 1950, algumas foram as iniciativas de fundações e entusiastas em criar e difundir programas que tinham por finalidade primordial o de ensinar. Neste ponto, é recorrente que se utilize do termo “educativo” para designar qualquer programa que tenha por intenção, da sua concepção à exibição, passar conhecimento.
Por alguns anos, os canais comerciais brasileiros, a se destacar a Rede Globo, a TV Tupi e a Independentes, exibiram programas educativos por uma obrigação legal, veiculando, na maioria das vezes, programas produzidos por emissoras educativas. Outras possibilidades foram exploradas, como parcerias entre TVs públicas e privadas, ou mesmo canais comerciais que produziam seus programas educativos para posterior distribuição em outros canais. Aqui, novamente o que se entende por educativo, tanto nas emissoras comerciais quanto nas públicas, vem a tona, já que não há uma lista de especificações, ou de critérios, para tal definição. Esta é, portanto, subjetiva e se apresenta de acordo com os interesses envolvidos.
Tanto no Brasil como em outros países, tais como os Estados Unidos, a televisão educativa teve uma ótima expansão nos anos 1970. A legislação, por um lado, obrigava os canais de cunho comercial a exibir uma certa carga horária semanal de caráter educativo, enquanto as emissoras públicas se dedicavam a essa produção. Sem dúvidas, a televisão é um dos mais amplos e difundidos veículos de distribuição de conhecimento e, assim, um potencial instrumento de ensino, independente do avanço da tecnologia de outros meios, como internet, por exemplo. No caso das TVs públicas, foram vários os nomes de profissionais envolvidos na produção destes programas, sejam eles técnicos audiovisuais ou especialistas das mais diversas áreas, a se destacar da psicologia e da pedagogia.
Ainda pode-se colocar as dificuldades que essa programação específica enfrenta em nosso país. Sejam elas financeiras, tecnológicas e até mesmo ideológicas, as razões pelas quais as emissoras educativas sempre estão a mingua se colocam como grandes obstáculos a sua ampla divulgação e implementação. Somando-se a isso, há pouco espaço nas emissoras comerciais para essa programação, visto que dão pouco ou nenhum retorno financeiro, já que não atrai um grande público, e, portanto, grandes investidores. Desta forma, ainda que haja uma grande profusão de canais, emissoras, produtoras e retransmissoras de TV no Brasil, fazendo com que esta cumpra um papel importantíssimo na construção do imaginário coletivo da população brasileira, no seu comportamento e padrões sociais, há ainda muito o que se avançar no sentido da utilização deste importante meio de comunicação com fins educacionais.

PFROMM NETTO, Samuel. Televisão e videocassetes ensinam - e bem. In: _________. Telas que ensinam: mídia e aprendizagem: do cinema ao computador. São Paulo: Alínea, 2001.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Nem sempre as pessoas que produzem mensagens audiovisuais com propósitos educativos tem clara consciência dos fundamentos da aprendizagem humana de proporcionar aos aprendizes situações e experiências atentas às três dimensões da apropriação significativa de conhecimentos, imersão e transformação. Ensinar e aprender exigem não somente que quem ensina saiba muito mais do que pretende ensinar, mas também que goste de ensinar e transmita claramente aos aprendizes esse gosto, esse entusiasmo pelo que ensina. Ensinar e aprender são atividades que demandam a ajuda de professores pluralistas e versáteis, generosamente abertos a uma grande variedade de contribuições de múltipla procedência, que os ajudem a ensinar – e ajudem o estudante a aprender, pois garantir a retenção e impedir o esquecimento são parte obrigatória e legítima da aprendizagem humana e não podem ser, portanto, menosprezados. Demandam materiais e programas bem-estruturados, sistemáticos, com informações organizadas em sequencias apropriadas, com palavras e imagens cuidadosamente selecionadas para facilitar a compreensão, a retenção e aplicação dos conhecimentos, levando em conta as diferenças individuais e encorajando hábitos de independência por parte de quem aprende.

A ODISSEIA DO CINEMA EDUCATIVO

O fascínio que a televisão, as gravações em vídeo e o computador exercem faz com que vista as contribuições substantivas do cinema à educação. Não faltam catálogos extensos e atuais de filmes cinematográficos especificamente destinados ao uso de professores e estudantes nos EUA, Canadá e Japão. A primeira exibição pública de filmes cinematográficos sobre uma tela ocorreu em 1895, Paris. A maior parte dos filmes produzidos nos primeiros anos da história do cinema eram de caráter documental, e um bom numero dessas fitas é tido como antecedentes do cinema educativo.
Elliot registra o surgimento do primeiro filme para o ensino médico com uma demonstração pelo Dr. Colton do uso do gás do riso durante a extração de um dente. Em 1921 foi a vez dos fenômenos físicos, notadamente os que dizem respeito à meteorologia. Em 1906 já se discutia na França o emprego do cinema com fins educativos, e em 1910 a questão do cinema escolar foi objeto de debates em congresso internacional de educadores realizados em Bruxelas.

O CINEMA EDUCATIVO NO BRASIL

O cinema aportou no Brasil nos anos seguintes ao das projeções pioneiras dos irmãos Lumiére em Paris. Primeiro no Rio de Janeiro, depois em São Paulo, Piracicaba, Campinas, Porto Alegre, Curitiba e em outras cidades. Foi entre 1897 e 1898 que aconteceram as primeiras filmagens em solo brasileiro ( Rio e São Paulo), e os filmes de então não duravam mais do que uns poucos minutos. Não é despropositado considerar alguns desses primitivos filmes de “atualidades” e documentários como precursores do cinema educativo, conquanto não haja registro de seu uso em instituições de ensino, naqueles tempos recuados.
Pouco a pouco, o acervo brasileiro de fitas educativas se expandiu, com o acrescimento tanto de filmes rodados no pais como de filmes estrangeiros legendados em português, a tal ponto que em 1929 Fernando de Azevedo pôde instituir o emprego do cinema educativo em todas as escolas primárias da cidade do Rio de Janeiro, provendo-as de projetores cinematográficos.
Por volta de 1943, o INCE contava com 257 filmes produtzidos pelo próprio instituto e 308 produzidos no exterior, muito deles com várias cópias, que circularam largamente tanto na capital federal como em outras regiões do país.

Filmes para a educação do povo:
O sonho de Edison

Starr(1950) diz que a denominação “filmes educativos” abrange os filmes instrutivos do tipo “como fazer” os filmes para estudo na sala de aula, documentários sociais, científicos, debates, cine-jornais e os cine-magazines, relações públicas, treinamento e até publicidade, abrangendo a quase totalidade dos filmes do tipo conhecido como “não-ficção” para uso fora da rede de cinemas comerciais.
Os filmes educativos fazem o trabalho dos livros didáticos sem ter a secura destes, e além disso transmitem um conhecimento que não pode ser obtido por meio da simples leitura, e uma carta de Thomas Edison deixa bem claro que os filmes cinematográficos são e serão de grande importância na educação do povo.
Os filmes cinematográficos sonoros geralmente combinam três pistas sonoras distintas: vozes, música e ruídos/efeitos sonoros, onde são gravadas e, separado e posteriormente fundidas numa única pista sonora, que pode ser magnética ou ótica. As imagens cinematográficas caracterizam-se pela sua intensidade, intimidade, ubiqüidade, particularidade e neutralidade.
A movimentação das imagens cinematográficas pode ser lenta, acelerada, invertida ou interrompida em relação à ordem cronológica da realidade. Os cinemas científico e médico compõem uma categoria especial do cinema e documental.

FUNDAMENTOS DO ENSINO POR MEIO DO CINEMA

Como meio de aprendizagem e ensino, numerosos psicólogos e educadores realizaram pesquisas científicas sobre os filmes. As conclusões a que chegaram foram sobre o valor dos filmes educativos; os princípios que determinam a influência dos filmes educativos e as observações gerais, quando a aprendizagem necessária e desejada depende de uma base de experiência.
É óbvio que, de modo geral, os resultados e conclusões das pesquisas sobre filmes educativos são de extrema utilidade para o ensino-aprendizagem por outros meios que envolvam imagens em movimento, como a televisão, as gravações em fitas e discos , a multimídia.

O CINEMA NO ENSINO MÉDICO
Foi igualmente no inicio do século XX, que em Munique foi registrado em fitas de cinema o comportamento de pacientes psiquiátricos. Antes da Primeira Guerra Mundial, surgiram os primeiros ensaios de roentgencinematografia, mas esta só produziu resultados satisfatórios a partir de 1924, com o uso do “método indireto”. Pouco antes da Segunda Grande Guerra, apareceram as câmeras especiais e as filmagens com raiox X ficaram mais fáceis, originando numerosas películas médico-cientificas deste gênero.
A endocinematografia nasceu da combinação do espelho laringoscópico com a câmera cinematográfica. A ortopedia, anatomia e áreas correlatas foram trabalhadas pela primeira vez nos filmes, entre eles o filme de embriologia sobre a fecundação do óvulo de mamífero e sobre o crescimento do embrião da galinha.
A mais notável contribuição brasileira para o cinema educativo a serviço da medicina é, no entanto, a de Benedito Duarte, onde compreende mais de 30 anos de atividade ininterrupta, iniciada com um filme sobre metodização cirúrgica. A filmografia médica internacional inclui igualmente títulos sobre clinicas geral, pesquisa medica, anatomia e fisiologia, saúde publica, bioquímica, etc..

DE 1950 AOS ANOS 90

As décadas correspondentes à segunda metade do século assitiram no Brasil, de uma lado, às mudanças substanciais na promoção do cinema educativo, mas de outro lado, notadamente a partir de 1970, a uma sensível deterioração do quadro dessa promoção.
Os anos 60 foram também os da atuação de uma valorosa batalhadora em favor do cinema para crianças no Brasil, tanto educativo como recreativo: a educadora e poetisa Ilka B Laurito.Com um entusiasmo contagiante e uma grande habilidade para trabalhar com crianças, realizou sozinha uma autentica cruzada em favor do cinema para crianças e da educação cinematográfica do menor.
Nos anos 70, grande parte dos esforços e iniciativas em matéria de cinema educativo, iniciados na década anterior, sofreu impacto da expansão da televisão no país. Vale a pena lembrar que nesses mesmos anos 70 a fundação PE Anchieta de SP funcionou como distribuidora de filmes cinematográficos educativos em 16mm para todo o país.Não podemos deixar de mencionarmos um nome que , ao longo de toda esta segunda metade do século atual, foi um autêntico campeão do cinema educativo no Brasil: Thomas Farkas.
Nos anos 80 e 90 constituíram a fase mais sombria do cinema educativo no Brasil.Os principais responsáveis pela educação e pela cultura no país, nestes anos mais recentes, deram o tiro de misericórdia no cinema educativo brasileiro.
Pode-se dizer que o cinema continua sendo uma das formas mais gerais de comunicação internacional.

Eduardo Umberto de Oliveira Candreva